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Depleção da megafauna marinha em Abrolhos

  • giovanirpapa
  • 21 de fev. de 2015
  • 2 min de leitura

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O Pleistoceno foi caracterizado pela presença de mamíferos e pássaros gigantes, como os mamutes e os tigres dentes-de-sabre (para mais informações assistir a A Era do Gelo 1, 2 e 3). A caça pelos humanos, combinada com alterações em grande escala no clima e no hábitat, tiveram um papel decisivo na extinção em massa desta megafauna em vários continentes entre o Pleistoceno e o Holoceno.


Um padrão semelhante de exaustão e extinção tem sido observado na megafauna marinha em todos os oceanos, incluindo tubarões, raias, grandes peixes ósseos, tartarugas, aves e mamíferos marinhos, que declinaram até níveis extremamente baixos durante o último século. No lugar na caça, temos a exploração pesqueira e a captura incidental como causas prováveis. Quantificar estes declínios populacionais e a ocorrência de extinções locais não é uma tarefa fácil, pois informações sobre a abundância das espécies começaram a ser registradas muito tempo depois dos humanos começarem a afetar as populações marinhas. No Brasil estas informações praticamente inexistem. Um artigo publicado por pesquisadores brasileiros na Animal Conservation avaliou as mudanças temporais na abundância do peixe-serra e da garoupa no Banco de Abrolhos, Bahia, e uma possível extinção local do peixe-serra, usando como dados o conhecimento tradicional dos pescadores artesanais de diferentes gerações.


Os pesquisadores entrevistaram pescadores com idade variando de 15 a 85 anos. A maioria dos pescadores considerou que a pesca levou ao esgotamento das espécies. Os pescadores mais velhos capturaram significativamente mais peixe-serra e garoupa no passado. Eles também relataram o esgotamento de um número maior de espécies e de maior tamanho do que os mais jovens. O peixe-serra não foi capturado e mesmo procurado há mais de 10 anos. Apesar dos dados não comprovarem estatisticamente a extinção local desta espécie, o registro de avistamentos indica um declínio populacional próximo ao limiar da probabilidade de extinção. O estudo fornece evidências de que a pesca pode dizimar os grandes peixes costeiros, e no caso do serra, quase à beira da extinção local.


Foto: fineartamerica.com

Fonte: http://www.observasc.net.br/

 
 
 

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